Frente de Libertação de Moçambique
FRELIMO é o acrónimo da Frente de Libertação de Moçambique, uma força
política oficialmente fundada em 25 de Junho de 1962, com o objectivo de lutar pela independência de Moçambique do domínio colonial português.
A FRELIMO foi formada pela união de três movimentos já
existentes:
- UDENAMO - União Democrática Nacional de Moçambique;
- MANU - Mozambique African National Union (à maneira da KANU do Quénia); e
- UNAMI - União Nacional Africana de Moçambique Independente.
Estes três tinham sede em países diferentes e as suas
bases social e étnica eram também diferentes mas, em 1962, uniram-se, sob os auspícios de Julius Nyerere, primeiro presidente da Tanzânia.
O primeiro presidente da FRELIMO foi o Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, um antropólogo que trabalhava na ONU.
A FRELIMO
depois da independência de Moçambique
Sendo o único movimento reconhecido internacionalmente
que tinha lutado pela independência de Moçambique e negociado a sua independência de Portugal através dos Acordos de Lusaka (7 de Setembro de 1974), a FRELIMO foi a força política que assumiu o poder, de forma constitucional.
Em 1977, durante o seu III Congresso, o movimento decidiu transformar-se em partido político, de cunho marxista-leninista (Partido Frelimo)[1] e continuou a dirigir o país como partido único até 1994. Entretanto, em 1990, a Assembleia Popular aprovou uma nova constituição que
mudou o sistema político, aceitando a formação de outros partidos. Com o fim da
guerra de desestabilização de Moçambique, em 1992, realizaram-se as primeiras eleições multipartidárias em 1994 e o Partido Frelimo foi considerado vencedor. A Frelimo voltou a ganhar
as eleições seguintes, em 1999 e em 2004, continuando a assegurar a Presidência e o governo.